sábado, 29 de maio de 2010
Em Família Espiritual
"Porque vês o argueiro no olho de teu irmão, sem notar a trave que está no teu próprio?"(Mateus, 7:3)
Quanto mais nos adentramos no conhecimento de nós mesmos, mais se nos impõe a obrigação de compreender e desculpar, na sustentação do equilíbrio em nós e em torno de nós.
Daí a necessidade da convivência, em que nos espelhamos uns aos outros, não para criticar-nos, mas para entender-nos, através de bendita reciprocidade, nos vários cursos de tolerância, em que a vida nos situa, no clima da evolução terrestre.
Assim é que, no educandário da existência, aquele companheiro: que somente identifica o lado imperfeito dos seus irmãos, sem observar-lhes a boa parte; que jamais se vê disposto a esquecer as ofensas de que haja sido objeto; que apenas se lembra dos adversários com o propósito de arrasá-los, sem reconhecer-lhes as dificuldades e os sofrimentos; que não analisa as razões dos outros, a fixar-se unicamente nos direitos que julga pertencer-lhes; que não se enxerga passível de censura ou de advertência, em momento algum; que se considera invulnerável nas opiniões que emita ou na conduta que espose; que não reconhece as próprias falhas e vigia incessantemente as faltas alheias; que não se dispões a pronunciar uma só frase de consolação e esperança, em favor dos caídos na penúria moral; que se utiliza da verdade exclusivamente para ameaçar ou ferir...
Será talvez de todos nós aquele que mais exija entendimento e ternura, de vez que, desajustado na intolerância, se mostra sempre desvalido de paz e necessitado de amor.
Livro: Ceifa de Luz
Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier
Paz e Luz
quinta-feira, 27 de maio de 2010
SENTIMENTOS, ARMADILHAS PARA OS CONFLITOS
“A marcha do progresso é inexorável. Pode ser perturbada ou dificultada, nunca, porém, fica retida em conveniências de indivíduos ou de grupos, paralisando o seu processo”(DivaldoFranco/Espírito Joanna de Ângelis )
“- Sentimentos, de forma genérica, são informações que seres biológicos são capazes de sentir nas situações que vivenciam...”( Wikipédia, a enciclopédia livre )
O grande desafio dos Seres Humanos nesse ininterrupto processo de conquista a caminho da perfeição é gerenciar as emoções. Somos os nossos pensamento expressados na mutabilidade dos sentimentos., sendo estes responsáveis por nossas ações e reações, positivas ou negativas, geradoras de paz ou conflitos. Como filhos de Deus pontos positivos tais como justiça, honestidade, verdade, beleza, humor, vigor, poder , ordem, inteligência, etc.fazem parte da nossa essência. Exprimir com palavras, de modo convincente, os sentimentos humanos, nos seus diversos matizes, nos parece tarefa hercúlea em função de sua complexidade; ademais a fragilidade emotiva, fruto dos tentáculos sutis dos melindres, mantém o incauto como seu prisioneiro. O ego ferido desperta o orgulho, exacerbando seu poder que culmina o despertar anverso das salutares emoções. O medo, a raiva, a preguiça, o ciúme, a violência, o ódio, que impulsionam o Ser a lamentáveis conflitos existenciais. Quando se procura compreender o processo de formação das causas conscientes e inconscientes, geradoras dos sentimentos e das emoções, traçamos planos e alternativas para sermos fiéis a nós mesmos. É exatamente assim que conseguimos o equilíbrio desejado, não ferindo nem se deixando ferir.
Na questão 837 do Livro dos Espíritos, Kardec pergunta ao Espírito de Verdade: (...) Que é o que resulta dos embaraços que se oponham à liberdade de consciência?
“Constranger os homens a procederem em desacordo com o seu modo de pensar, fazê-los hipócritas. A liberdade de consciência é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso.”
É irrefutável que somos responsáveis por nossas emoções e toda e qualquer alusão que dela fizermos. Como seres individualizados as sensações são sentidas de forma e graus diferentes seguindo os estados internos da mente com o meio ambiente e o conteúdo moral e psíquico advindos de priscas eras. Quando os sentimentos ou as emoções são intensificados, sobrepondo-se à lucidez e à razão, estaremos lidando com as paixões, como no caso do amor, na sua errônea concepção meramente materialista.
Na grande escola da vida compartilhamos convivências e experiências, em seus variados matizes, que somente o esclarecimento doutrinário faz compreender o significado real e o que de melhor assimilar para continuar a jornada evolutiva sem deixar que os detratores do bem obnubilem a razão.
Partindo do pressuposto que todos desejam vivenciar a felicidade, mesmo que relativa, haja vista o estado de progresso moral que ainda nos encontramos, resta-nos compreender que devemos extirpar o espectro do melindre ainda tão presente em nossos sentimentos, sendo este, portador eficaz dos conflitos. O equilíbrio entre as emoções está na bondade que praticamos para com os nossos semelhantes. Ela retorna realimentando esse processo; portanto, para sermos felizes, o lema é saber tornar os outros melhores e mais felizes que nós próprios, esta é a melhor forma.
A auto-reflexão é exercício que leva o homem a conhecer-se fazendo-o compreender que a felicidade não é inseparável dos sofrimentos e das angústias que o ser humano tem que enfrentar na marcha de sua evolução aqui na Terra. Saber gerenciar os sentimentos não é tarefa impossível, pois que Jesus, o Divino Rabi da Galiléia deixou-nos exemplos e ensinamentos que o Consolador prometido esclarece através da Doutrina Espírita. Cabe a cada um por si mesmo senti-la e assimilá-la, de acordo com o grau de sua espiritualidade.
“Cada qual é responsável pelos seus atos, recebendo de conformidade com as suas obras.”
(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel)
Lisieux Bittencourt
Bibliografia
Conflitos Existenciais – Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
Evangelho Segundo Espiritismo – Allan Kardec
A Caminho da Luz – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel
O Consolador – Chico Xavier/Emmanuel
Livro dos Espíritos – Allan Kardec
terça-feira, 18 de maio de 2010
Cada qual - Chico Xavier
"Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo"- Paulo. I CORINTIOS 12:4
Em todos os lugares e posições, cada qual pode revelar qualidades divinas para a edificação de quantos com ele convivem.
Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que colaboremos no engrandecimento do tesouro comum de sabedoria e de amor.
Quem administra, mais freqüentemente pode expressar a justiça e a magnanimidade.
Quem obedece, dispõe de recursos mais amplos para demonstrar o dever bem cumprido.
O rico, mais que os outros, pode multiplicar o trabalho e dividir as bênçãos.
O pobre, com mais largueza, pode amealhar a fortuna da esperança e da dignidade.
O forte, mais facilmente, pode ser generoso, a todo instante.
O fraco, sem maiores embaraços, pode mostrar-se humilde, em quaisquer ocasiões.
O sábio, com dilatados cabedais, pode ajudar a todos, renovando o pensamento geral para o bem.
O aprendiz, com oportunidades multiplicadas, pode distribuir sempre a riqueza da boa-vontade.
O são, comumente, pode projetar a caridade em todas as direções.
O doente, com mais segurança, pode plasmar as lições da paciência no ânimo geral.
Os dons diferem, a inteligência se caracteriza por diversos graus, o merecimento apresenta valores múltiplos, a capacidade é fruto do esforço de cada um, mas o Espírito Divino que sustenta as criaturas é
substancialmente o mesmo.
Todos somos suscetíveis de realizar muito, na esfera de trabalho em que nos encontramos.
Repara a posição em que te situas e atende aos imperativos do Infinito Bem.
Coloca a Vontade Divina acima de teus desejos, e a
Vontade Divina te aproveitará.
Xavier, Francisco Cândido. Fonte Viva. Espírito Emmanuel. 12ª edição. FEB.
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Vida, após a vida...
No início do mês de Fevereiro de 2010, meu irmão querido, alma afim; deu entrada no hospital para sair, dois meses e meio depois, liberto das amarras do corpo físico. Recebeu alta dos médicos da espiritualidade amiga, retornando a Pátria Espiritual, verdadeiro lar de todos nós.
Como pássaro que feliz alça voos mais altos; vai alma querida ao encontro dos que te antecederam e te aguardam para o reencontro fraterno.
Sendo o espírito imortal, a morte não existe, contudo nos é lícito sentir a dor da saudade libertadora.
Aqui continuamos nós, irmãos, filhos, esposa e netos no inexorável aprendizado na Escola da Vida!
Deus te ampare em seu Amor!!! Até lá...